18 de junho de 2013

Fragmento #13617


O Movimento é lindo. O Movimento é sexy. O Movimento que rompe a inércia. Desacata a autoridade ultrajante que não se faz valer e que não se dá ao respeito. O palácio foi cercado, o templo invadido. O concreto rachou. O Movimento: há que observá-lo, mantê-lo e preservá-lo, com carinho e cuidado. Não se confundir entre discursos de patriotismos vazios, como os nacionalistas de outrora. Há que mirar além. Independência e autonomia popular ao Movimento, longe de quaisquer lideranças partidárias que só servem à seus próprios interesses, longe da violência dos radicalismos e longe da mídia oligárquica urubu que tentará se apropriar do mesmo, espetacularizando-o e banalizando-o para enfraquecê-lo ou apoiando-o para invertê-lo e manobrá-lo. E muita atenção com os armados mal amados, historicamente assaltantes dos anseios sociais. Medíocres, conformistas e incrédulos - abram alas para que o Movimento passe livre. Um passo a frente, Brasil.


(RL)

16 de junho de 2013

Fragmento #13613


Qualquer ação social sempre será marginalizada pela classe senhorial, pelo patronato, por suas tropas leais e pela imprensa oliqárquica. Baderna, desordem, vadiagem, vandalismo, marginais, forças do mal, etc, etc, etc. É o mesmo discurso desde sempre. A história se repete, de Cabral à Maluf, de Pombal à Collor, dos Bragança à Sarney, de Saraiva-Cotegipe à FHC, de Getúlio à Médici-Geisel. Não o fosse, não seria a História. Enquanto isso, no JN da Globo, produto de consumo da classe mediana, ameba social nacional, de um lado a "baderna" dos marginais questionadores e reivindicadores de direitos e justiça, e do outro, a Copa das Confederações, com Felipão e Murtosa correndo ao redor do campo durante o treino da seleção, Neymar comentando seu novo contrato e penteado e reclamando do questionamento "jornalístico" sobre sua recorrente ausência de gols. Esse é o Brasil. O dos medíocres menores dominados pelo medíocres maiores, contrários e reacionários à qualquer alteração da "ordem". Onde o latifúndio, a senzala e o trono trocaram de nome, se rebatizaram e se reformataram através do tempo.
 
(RL)