11 de setembro de 2011

Fragmento #11911


Desligue a TV. Você sabe que a mentira repetida e repetida e repetida torna-se “verdade” no inconsciente coletivo, inevitavelmente. Assim fizeram-se e perpetuaram-se as religiões, as doutrinas políticas, econômicas, filosóficas, acadêmicas, ideológicas e todos os dogmas de poder deflagrados secularmente sobre nós, homens escravizados mentalmente. Hoje, enquanto eles dizem rememorar com pesar as vítimas do terror contra-imperial e celebrar sua secular luta em prol de sua exclusiva e opressora liberdade, nós desligaremos o transmissor sensacional-hipnótico e planaremos sobre realidade da natureza dos fatos, num esforço individual e espiritual de dignidade existencial humana. 
Homens livres atuaram e assim continuarão, inquirindo a história oficial publicada e transmitida constantemente por sua propaganda ditatorial. Se vão dez anos de uma mesma lorota “oficial” sobre o 11 de Setembro nova-iorquino, e se vão também iguais dez anos de evidências investigadas, testemunhos colhidos, contra-fatos averiguados e morticínio militar-latrocida observados por homens livres que reconheceram sua condição de cobaias manipuladas por uma ditadura de apenas dois partidos, que veladamente ao olho comum, são um mesmo e único centro de poder absoluto imperial.
Enquanto Bush e Obama caminham de mãos dadas na encenação do cerimonial de dez anos do 11/09, nós, homens livres, rememoraremos essa mesma máscara secular utilizada pelos Imperadores Romanos, por Alexandre da Macedônia, pela Igreja, seus papados, sua cruzadas  e sua santa inquisição. Reconheceremos sua mesma faceta e semblante nos Habsburgos, nos Bourbons  e na dinástica coroa do Grão Império Britânico. Sentiremos o mesmo odor cadavérico-carbonizado-genocida deixado na atmosfera terrestre pelos Czares, por Napoleão e por Hitler, disfarçados de contemporânea fragrância barata neoliberal-capitalista pelos Rothschild, pelos Roquefeler, pelo grupo Bilderberg  e atuais máfias dominantes. Ouviremos ainda, muito clara e presentemente, os gritos ressonantes dos torturados e assassinados pelas ditaduras militares do século XX na América Latina, empossadas através de golpes promovidos pela CIA na fase de espoliação mundial pós-2ª Guerra pelo capitalismo, enquanto do outro lado do planeta, o outro “ismo” de uma série deles, promovia o mesmo tipo de terror e estupro na implantação de seu sistema “comum”.
E finalmente tocaremos com a ponta dos dedos e presencialmente os efeitos destas limitações impostas pela impostura senhorial cotidiana, a exemplo da lei de livre mercado, da neo-escravidão periférica global, da corrupção governamental mundial, do corporativismo social alienante, assim como a mais recente revogação dos direitos civis, outorgada através do “Ato Patriótico” no episódio imediato pós 11/09. Sentiremos também cada gota deste veneno nos adormecer a língua e o senso crítico ante a exaustão cotidiana à qual estamos condicionados e aprisionados num sistema cada vez mais amarrado pelos anfitriões do infindo e histórico baile de máscaras da construção da mentira humana do poder.
E assim, enquanto a atual propaganda ideológica barata nos ofende ao tentar se infiltrar em nossas mentes, observaremos, de um lado e imersos entre teses oficiais ou teórico-conspiratórias, a aviões seqüestrados por árabes se chocando contra torres do controle da economia virtual em efeito contra-terrorista aplicados às suas nações detentoras de petróleo, ou a torres implodidas pelo próprio governo estadunidense vindo abaixo numa exatidão vertical invejável a mais refinada engenharia de demolições controladas, em prol da criação do estereótipo do terror do inimigo externo que renovará e reforçará o endosso popular alienado às próximas sanções de um plano onde nós, homens livres, enxergaremos claramente seu contexto, sua trama e sua construção e execução, e observando as etapas subseqüentes deste mesmo plano neofacista que serviria de mote da “guerra contra o terror”, frente a ativação do campo de concentração de Guantánamo, à revogação dos direitos civis estadunidenses , às invasões norte americanas e européias do Iraque e Afeganistão , os avanços progressivos das tropas da OTAN sobre o Oriente Médio e África subsaariana que implodiriam em novas rebeliões desestabilizadoras implantadas no mundo árabe, ridiculamente incapazes de deter a queda da falida economia virtual  e militar do grão império decadente. 
E neste momento, no qual nos desconectamos da “matriz” neural-televisiva-ideológica, nós, homens livres, faremos sim uma prece silenciosa, mas a nenhum deus dogmático, nem aos três mil mortos na queda das torres, nem aos milhares de soldados mortos nas guerras de latrocínio anteriores e posteriores, nem aos milhões das populações soberanas oprimidas e as centenas de milhares de civis iraquianos e paquistaneses assassinados      parcial e sumariamente pelos EUA e OTAN, ou aos milhões de civis desterrados seus lares e de suas vidas devido a desestabilização promovida pelo terror imperial, ou até mesmo os bilhões de seres humanos idos das mais várias etnias e culturas massacrados através dos séculos por todas as tradicionais instituições do poder e opressão dogmáticas às quais temos consentidamente nos submetido.
Hoje, neste 11 de Setembro de 2011, nós, homens livres, faremos uma mentalização sobre nossa condição de animais filhos da Terra, aprisionados por nossos próprios dogmas que tem consumido a nós mesmos e ao nosso paradisíaco e unicamente conhecido Lar (num raio de N anos luz) por via de nossa escravidão mental, que nos impele a uma espécie de racionalidade brutal e hedionda, que nos divide, nos limita, nos encarcera, nos separa e nos mutila, nos amarrando a modelos tradicionailistas e recorrentes, sofísticos e pré-definidos e conceitos razos e paradoxais, em contramão à nossa única conceituação essencial à qual deveríamos buscar como objetivo primordial e final de nossa existência, através de um algum tipo de fé cética, idólatra somente à dúvida e à manutenção das certezas estabelecidas, que nos conduza à sabedoria, que não mais que uma práxis coletiva global que nos leve a um simples e natural bem viver em união e equilíbrio entre nós mesmos e consequentemente com nossa mãe Terra, da qual nos apartamos através dos séculos pelas ações e efeitos seculares das instituições criadas sobre e para o domínio aprisionador da humanidade, nos libertando de toda e qualquer idéia que se apresente de forma imposta, incontestável, indiscutível e imutável.
“Liberdade?” , você me pergunta. A mim, me parece um estado, e não um mero conceito, como bem  materializado em lindas palavras escapulidas de um sopro de pensamento de uma livre poetisa brasileira chamada Cecília Meireles, as quais deixo agora e aqui com você:

"Livre é o estado daquele que tem liberdade.
Liberdade é uma palavra
Que o sonho humano alimenta.
Que não há ninguém que explique
E não há ninguém que não entenda.”

(RL)
 
11/09/2011

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