Notícias seculares - SP: adolescente morto por PM é enterrado sob comoção e revolta
"Sérgio Martins, vizinho de Douglas, disse que presenciou a abordagem policial. "Eu estava sentado na frente de um bar e vi a polícia passando. De repente, eles voltaram, e, quando pararam, já ouvi o tiro. Ninguém falou nada antes do disparo. A única coisa que eu ouvi depois foi o Douglas dizendo: 'por que o senhor atirou em mim?'", disse ele."

Os neo capitães do mato agem novamente. E de novo. E de novo. E novamente, a mando de um estado representado e controlado por uma histórica classe senhorial, suportada por um eleitorado classistamente mediano, sobretudo em regiões mais conservadoras e reacionárias do país, como o estado de São Paulo.
As estatísticas, ocultadas pela mídia oligárquico-senhorial neo feitora, apontam para genocídio sistemático. A violência, militarizada, deliberada, abusiva e disfarçada de autoridade ordeira, além de práxis cotidiana bem conhecida pelas periferias brasileiras, espelha a corrosão de valores aparentes de tutela social do Estado e a corrupção que permeia toda a hierarquia institucional do Estado brasileiro.
O perfil das vítimas é sempre o mesmo: jovem, preto, pobre. Segundo estudos atuais, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações da polícia, mas que reflete o desvio comportamental presente em diversos outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros.
Em meio à essa guerra ocultada, todo e qualquer levante popular contra a barbárie policial racista será sempre criminalizado e deslegitimado quando narrado através da boca do feitor midiático, capataz de sinhozinho estatal e privado. Afinal, quilombo é quilombo e resistirá em toda e qualquer estrutura sócio-político-ideológica exclusora, violenta e racista.
Sinhozinho é bom negócio para feitor. Feitor é bom negócio para capitão do mato. Carne preta da neo senzala é bom negócio para neo engenho de sinhozinho, feitor e capitão do mato. Estes, gente do bem, contra o mal inventado por eles, em seu podre negócio mundano. E de novo. E de novo. E novamente.
(RL)
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