16 de junho de 2013

Fragmento #13613


Qualquer ação social sempre será marginalizada pela classe senhorial, pelo patronato, por suas tropas leais e pela imprensa oliqárquica. Baderna, desordem, vadiagem, vandalismo, marginais, forças do mal, etc, etc, etc. É o mesmo discurso desde sempre. A história se repete, de Cabral à Maluf, de Pombal à Collor, dos Bragança à Sarney, de Saraiva-Cotegipe à FHC, de Getúlio à Médici-Geisel. Não o fosse, não seria a História. Enquanto isso, no JN da Globo, produto de consumo da classe mediana, ameba social nacional, de um lado a "baderna" dos marginais questionadores e reivindicadores de direitos e justiça, e do outro, a Copa das Confederações, com Felipão e Murtosa correndo ao redor do campo durante o treino da seleção, Neymar comentando seu novo contrato e penteado e reclamando do questionamento "jornalístico" sobre sua recorrente ausência de gols. Esse é o Brasil. O dos medíocres menores dominados pelo medíocres maiores, contrários e reacionários à qualquer alteração da "ordem". Onde o latifúndio, a senzala e o trono trocaram de nome, se rebatizaram e se reformataram através do tempo.
 
(RL)

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